Escola Secundária de Palmela – Em preparação das comemorações do 25 de abril com O Bando

fotos Nicholas Brites /José A. Martins

No dia 15 de fevereiro 2023, no quadro de uma aula de teatro com alunos da Escola Secundária de Palmela, em coordenação com João Neca, Nicholas Brites e Fabien Bravo, do grupo de teatro o Bando e a presença da professora Nita, participaram Amélia Resende e José Augusto Martins por parte da AEP61-74, falando das suas experiências de luta anti ditadura e contra a guerra colonial em Portugal antes do 25 de abril 1974, bem como sobre os tempos de exílio a que estiveram submetidos em razão das suas opções políticas.

Falou-se das ações de propaganda política contra o regime, da fuga clandestina de perseguidos pela polícia política e de jovens que recusaram participar na guerra colonial bem como do apoio que era necessária prestar a estes últimos para poderem sair do país.

Foram clarificadas as atividades previstas para os dias 24/25 de abril deste ano, na Escola Secundária, em que será organizado um percurso pela salas de aula, cada uma com o desenvolvimento de um tema sobre o assunto, A AEP irá tentar fornecer algum material para figurar numa dessas salas: cartazes ou filmes eventualmente: Drole de Mai, Les Mains Invisibles ou Exílios no Feminino.

Relativamente ao trabalho dos alunos, tivemos o ensejo de assistir a uma amostra da apresentação que será feita na noite de 24/25, uma alegoria à sociedade repressiva do Estado Novo e de como a resistência se afirma.

Sentados inicialmente estáticos em cadeiras, pouco a pouco cada um dos elementos do grupo vai dizendo frases retiradas de poemas de Zeca Afonso e gradualmente vão transformando as cadeiras/cadeias em instrumentos de defesa, quebrando as grilhetas para a liberdade. Este movimento é progressivamente colectivo, mostrando a unidade necessária na resistência.

O trabalho feito com o material da escola (as cadeiras) é intencional e significa que é nos bancos da escola que pode começar a subversão. É ali um dos lugares em que através da educação e do combate à ignorância, se pode forjar a consciência para a Liberdade.

Amélia Resende/José Augusto Martins

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