A Companhia Cegada (Alverca do ribatejo) em parceria com a Associação de Exilados Políticos Portugueses (AEP61/74) e a Orquestra de Vialonga, apresentou no passado dia 27 de abril um emocionante espetáculo integrado no projeto «Cálice do Descontentamento».
O «Cálice do Descontentamento» culminou na Praça de Touros Palha Blanco, em Vila Franca de Xira. Tratou-se de um espetáculo sobre o período do fascismo português com a encenação dos exilados nas fugas “Passagem a Salto”, texto de Ricardo Cabaça, integrado nas comemorações dos 50 anos do 25 de abril.
(…Tendo como espaço cénico uma arena de tourada – metáfora de batalhas e digladiar de forças – coloca em cena a ficção, a realidade e a especulação de uma época crucial da história portuguesa. É um espectáculo que faz culminar a viagem, que conta com música ao vivo, em parceria com a Orquestra de Vialonga, e a AEP 61-74, Associação de Exilados Políticos Portugueses, de onde parte o texto da pesquisa exaustiva e reflexo dos seus testemunhos.
Esta reprodução histórica oferecerá aos visitantes a oportunidade de entender melhor os desafios e sacrifícios enfrentados por aqueles que lutaram contra a ditadura em Portugal. Através de estações interativas, onde poderão experimentar a preparação para a fuga, o navegar por esconderijos e rotas clandestinas, simular a tensão e o alívio de cruzar uma fronteira controlada e conhecer as histórias reais e emocionantes dos exilados políticos através de depoimentos da época.) Companhia Cegada
O espetáculo encenado por Rui Dionisio, desenrolou-se nas bancadas (Orquestra e atores)- O público respondeu enchendo a Arena, sendo de referir a presença de Hélder Mateus Costa, M. Céu Guerra, Mário Tomé e Guadalupe Portelinha, que desde a primeira hora desejaram assistir ao evento.
Realça-se a excelente interpretação de Ana Lúcia Magalhães, Joana Pialgata e Paulo Matos, da AEP61-74 com os depoimentos emotivos de José Zaluar (Exílios), Joaquim Nunes (O regresso) e Arnaldo Silva (O verão quente). De salientar também a grandiosa atuação da Orquestra de Vialonga, tocando José Mário Branco, e de todo o trabalho da equipa técnica da Companhia Cegada.
Nas Galerias da Praça estiveram ainda patentes exposições: da AEP61/74 tema “Desertores/Exílios”, do Departamento de Museologia da ULHT, tema “13+50 Guerra Colonial/Ditadura” e do grande amigo Economista “amante de fotografia” Carlos Pereira Martins, tema “Otelo Saraiva de Carvalho)”
Carlos Martins / Arnaldo Silva
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